Em 2017, a Netflix adquiriu os direitos de Klaus, animação de Sergio Pablos, cocriador de Meu Malvado Favorito, que reconta a história de origem do Papai Noel como nós conhecemos.
A trama é bem simples: Jesper (Jason Schwartzman no original e Rodrigo Santoro em português) é um aprendiz de carteiro mimado e preguiçoso que se recusa a sair de sua zona de conforto. Seu pai, o presidente dos correios, dá-lhe um ultimato: ou ele vai para Smeeresnburg, cidade nórdica praticamente esquecida do mundo e faz o envio de seis mil cartas no prazo de um ano, ou perderá seu direito na herança. Ao chegar ao local, o jovem toma conhecimento de que o lugar vive em um eterno conflito. Os clãs Krum e Ellingboes se enfrentam diariamente em uma briga centenária que varreu tudo que havia de bom na ilha.
No início, Smeerensburg tem um ar depressivo. Tudo é visualmente bem feito, das luzes à textura. A evolução da cidade, que deixa de parecer morta e vai ganhando tons alegres conforme a missão da dupla se desenvolve, é um dos pontos fortes do longa. É divertido ver como tomam forma todas as partes da lenda que conhecemos sobre o Papai Noel. O trenó, as renas, a roupa vermelha característica; tudo está ali bem amarradinho. Assim como a adorável Margú e as outras crianças em tela, não tem como não abrir um sorriso no rosto ao ver as desventuras dos protagonistas.
O personagem-título, um construtor fortão, mais parece um membro da Liga da Justiça do que a imagem do bom velhinho que estamos acostumados a ver, mas é igualmente carinhoso.
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